quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vazamento do Enem de novo mais uma vez?!

Hoje de manhã o comentário na minha sala de aula era sobre o vazamento do Enem no Estado de CE. Todos que prestaram a prova (incluindo eu) ficaram indignados. Depois do almoço, dando uma olhada rápida e rotineira na Globo.com, vi lá, bem no início da página a notícia.

Aluno afirma que apostilas com questões semelhantes foram entregues pelo colégio (Foto: Diana Vasconcelos/G1 Ceará)Foi publicado no G1, que estudantes do CE confirmaram o vazamento de pelo menos 10 questões idênticas e algumas parecidas com as do Enem, inclusive imagens e gráficos . Disseram que a escola em que estudam anteciparam essas questões dando apostilas para treinarem para a prova umas 3 semanas antes. Foram quatro pequenas apostilas com 24 questões cada, divididos em ciências da natureza e humanas, linguagens e matemática.

"As apostilas não têm logotipo ou marca de alguma instituição de ensino" e o diretor da escola diz que não viu a apostila ainda e não sabe se é material da escola. Já "o MEC diz que nenhuma escola pode se apoderar em questões pré-testes do Enem".

A escola no Ceará é particular, chama-se Christus e fica em Fortaleza. Fundada em 1951, é uma das escolas mais tradicionais, tendo 10 unidades no Estado. Em seu site é destacada como primeiro lugar no Enem juntando todas as suas unidades.

O MEC por sua vez acionou a polícia: "O Ministério da Educação e o Inep (autarquia do MEC que organizou o Enem) continuaram acompanhando o tráfico de informação na rede social mesmo após a aplicação das provas. As informações veiculadas com maior intensidade nesta terça-feira por estudantes de Fortaleza dando conta de que estudantes do Colégio Christus teriam recebido apostilas com questões semelhantes à do exame nos obrigou a revisar todas as medidas de segurança da aplicação da prova de Fortaleza. Não há nenhum registro de problemas de logística, de que nenhum vazamento tenha saído da prova, a prova foi serena". [...] "Na manhã desta quarta-feira (26), o Ministério da Educação e o Inep, por volta de 7h, dado o grande movimento que circulou na rede social a partir dos estudantes de Fortaleza, acionou a Polícia Federal para investigar as origens da informações". Segundo o Inep, 639 estudantes do Colégio Christus fizeram a prova do Enem".

Matemática - questão 154 da prova amarela. Em destaque, a mesma questão na apostila do Enem (Foto: Reprodução)Um aluno após ouvir os comentários na escola sobre as antecipações das questões, resolveu compará-las: "Comprovei que no material do outro colégio [Christus] havia questões idênticas as das provas de matemática, ciências e linguagens". Indignado, tirou fotos das questões e postou-as na internet, gerando discussões nas redes sociais.

Depois de receber 1000 comentários no Facebook, o estudante comentou: "Gente, eu sei que é revoltante, é uma das provas mais importantes da nossa vida. Mas cuidado com as palavras, muito aluno do colégio recebeu isso e acertou as questões merecidamente. Vamos esperar também por um esclarecimento da escola antes de fazer julgamentos".

Um outro aluno ainda disse: "O professor nos recomendou fazer, dizendo que eram questões possíveis de cair no Enem e que não mostrasse à concorrência, porque enfim... Acho que nenhum colégio diria para mostrar seu material ao concorrente, né?"

Os 639 alunos dessa escola terão que refazer a prova no dia 28 e 29 de novembro, "dias nos quais o exame será aplicado para pessoas submetidas a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas." Mas, as questões que aparecem na apostila não serão canceladas.

Dependendo do resultado das investigações, o Inep processará a escola.

Ciências da Natureza - questão 87 da prova azul. Em destaque, a mesma questão é vista na apostila do Enem (Foto: Reprodução)Já a escola diz que “como há o pré-teste de questões utilizadas no Enem, existe a possibilidade de que essas questões caiam no domínio público antes da realização oficial do exame, as quais eventualmente podem compor o banco de dados de professores e de outros profissionais da área de educação”.

O MEC afirmou que alguns alunos dessa escola foram selecionados para o pré-teste, realizado em outubro do ano passado, para separarem o que seria fácil, médio e difícil para os alunos. Eles disseram que nenhuma escola pode se apoderar dessas questões, e que após as provas, eles são incineradas.

Os alunos que "colaram sem saber" acham injusto repetirem a prova por ser longa e cansativa. Uma aluna chegou a dizer que na escola“... passaram de sala em sala pedindo para não falar sobre essa história polêmica do Enem".


Fonte: G1
Imagens: G1, Belgo Cercas Fortaleza e Alagoas 24 Horas

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